Nutrição

A última etapa

É a última etapa na introdução de alimentos na vida do nosso filho; a partir do primeiro ano, a criança pode incorporar aos poucos os hábitos dos adultos – desde que estes tenham um estilo de vida saudável e uma alimentação equilibrada.

O bebé foi experimentando os diferentes gostos: doces, salgados, ácidos… Mas também novas texturas: nesta fase, e em função do desenvolvimento do pequeno, pode começar a ingerir a refeição em pedaços pequenos e os purés podem adquirir consistências gradualmente mais densas.

Ainda por cima, a dieta é cada vez mais diversificada e nela devem estar representados todos os grupos de alimentos de modo a que a criança obtenha os nutrientes necessários; nesta altura pode fazer já cinco refeições diárias, mas sempre SEM DESCURAR O LEITE NA SUA ALIMENTAÇÃO (500ml diários) porque continuará a ter um papel importantíssimo até aos três anos de vida (aproximadamente).


Pode distribuir as cinco refeições do dia da seguinte forma:

  • Pequeno-almoço: leite com cereais.
  • Meio da manhã: leite ou derivados (iogurtes ou queijos).
  • Almoço: Puré de hortaliças com carne ou peixe branco; também pode misturar arroz, batata, massas ou legumes.
  • Lanche: Papa de fruta com leite.
  • Jantar: Puré com carne, peixe ou gema de ovo, hortaliças e cereais (aletria, sêmola, etc.).
  • Antes de o deitar, pode complementar a dieta do bebé com um pouco de leite, tentando sempre respeitar a dose diária recomendada de laticínios.

 

Obviamente, este esquema pode ser alterado vezes sem conta, dado que cada criança tem o seu ritmo e os gostos variam. Ninguém melhor que os pais para saber as necessidades dos filhos, e por isso devem ser eles – com a ajuda do(a) pediatra – a confecionar o menu, tentando sempre cobrir todas as necessidades nutricionais básicas do bebé.

QUEIJOS E IOGURTES

A partir do oitavo mês pode começar a introduzir derivados lácteos, tais como queijos e iogurtes. Os laticínios constituem uma boa fonte de proteínas e cálcio, um elemento necessário para a formação dos seus ossos, vitaminas A, B, D e minerais tão importantes como o fósforo. Mas é também um alimento rico em gorduras, e por isso o seu consumo deve ser moderado.

É recomendável começar com queijos com pouca gordura e baixo teor de sal: por exemplo, queijo fresco, requeijão e queijo em porções. Os iogurtes são outra opção muito saudável para os bebés nesta etapa.

São aconselháveis os iogurtes naturais, muito melhores do que os iogurtes específicos para bebés, ricos em açúcares e por isso com um maior conteúdo calórico. Os iogurtes ajudam à regeneração da flora bacteriana, estimulam o sistema imunológico – e por tanto as defesas do bebé face a doenças e infeções; também têm uma baixo teor de lactose e por isso são facilmente assimilados e digeridos.

No entanto, deve-se ter em conta que o LEITE DE VACA NÃO É RECOMENDÁVEL ANTES DO PRIMEIRO ANO, porque é baixo em ferro, pode supor uma carga excessiva de proteínas para os rins e é baixo em ómegas (ácidos gordos essenciais).

PEIXES

Esta é uma boa altura para os peixes brancos, quer frescos, quer congelados, ricos em proteínas, em gorduras cardiossaudáveis (ómega 3), de fácil digestão e texturas suaves. Os melhores peixes para começar são aqueles que têm um sabor suave e poucas espinhas como a pescada, o linguado, o alabote ou o tamboril.

Evite os crustáceos e mariscos e comece a introduzi-los só depois de consultar o(a) pediatra. O peixe azul não é recomendável na dieta do bebé antes dos 18 meses. A quantidade de peixe para começar deve rondar os 20-30g/dose, com uma frequência de duas a três vezes por semana, alternando-o com carne e ovos.

É muito importante que o peixe, se for fresco, tenha sido congelado pelo menos durante 24 horas antes de ser consumido para evitar parasitas como o anisakis. A melhor forma de introduzir o peixe na dieta é desfiado, limpo de espinhas para evitar engasgamentos e cozido em simultâneo com hortaliças, arroz, massas ou legumes (acrescente uma colher de sopa de azeite cru no fim).

OVO

A partir do 11º mês, podemos introduzir ovos na alimentação do bebé, mas antes disso não é recomendável devido ao seu elevado poder alergénico. É um dos alimentos que mais alergias podem provocar, e por isso devemos ser prudentes e seguir sempre os conselhos dos profissionais de saúde.

O ovo é considerado o alimento com proteínas de maior valor biológico, uma vez que, proporcionalmente – quando comparado com outros alimentos – possui uma grande quantidade de proteínas sem gorduras; as gorduras que contém estão na gema e são principalmente gorduras saudáveis (ómega 3) e, em menor proporção, outras como o colesterol.

Tem minerais muito importantes como ferro, fósforo e magnésio e vitaminas A, D, E e do grupo B. O ovo não contém fibra nem açúcares.

LEGUMES

É inconcebível uma dieta infantil saudável e equilibrada sem a presença de legumes. Podem ser introduzidos a partir dos oito meses, embora alguns pediatras recomendem começar mais tarde (por volta dos dez meses); consulte sempre o seu médico ou nutricionista.

Os legumes são alimentos completíssimos que proporcionam açúcares, fibras, proteínas vegetais, vitaminas e minerais. Os mais suaves e aconselháveis para começar são as lentilhas, as ervilhas, o feijão-verde e o grão; se o bebé digerir estes legumes sem problemas, depois do primeiro ano pode introduzir os outros tipos de feijão, as favas e a soja.

Se o seu bebé padece de gases ou de cólicas frequentes pode usar legumes sem casca, atualmente já se encontram à venda e são mais facilmente digeríveis.

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